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Micro Ambiente de Interação Autônoma – MAIA

Um futuro dominado pelas máquinas? Sim, você já viu isso em algum lugar, mas não usando uma M.A.I.A.


Por: Zamboman | 14/02/2018

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Num futuro distante, a raça humana construiu computadores biológicos que juntavam uma rede de neurônios humanos a máquinas. Esse procedimento visava construir uma super rede interligada e que mais tarde ficou conhecida como IMERSÃO.

Com ela foi possível criar dispositivos que permitiam que todas as pessoas estivessem conectadas a super rede, sem a necessidade de fios ou terminais. Bastava um pequeno implante, menor que uma moeda, na base da cabeça e pronto. Todo acesso era feito pelos olhos do usuário. Pequenas telas surgiam conforme a necessidade da navegação.

Em pouco tempo os governos criaram redes públicas onde transmitiam todo tipo de informação para as pessoas. Quase não era mais necessário ler ou assistir a noticiários da forma tradicional. Os computadores de todos os tipos também começaram a ficar obsoletos. Bastava estar conectado a IMERSÃO e toda a informação estava disponível a um piscar de olhos. Em vários locais existiam plugues de conexão para conversas particulares ou atualização de dados especiais.

Virou prática comum ter dados das pessoas em locais como hospitais, delegacias e serviços essenciais. Isso ajudou a diminuir o número de crimes, mortes e muitas outras coisas.

Porém, com o passar do tempo, a quantidade de informação que precisava ser gerenciada acabou acarretando no surgimento de pequenas unidades de geração da rede de IMERSÃO. A elas foi dado o nome de M.A.I.A. – Micro Ambiente de Interação Autônoma.

As M.A.I.A. foram construídas para funcionarem sozinhas por anos, talvez séculos, sem a necessidade de interação humana direta, a não ser nos casos de manutenção. Quando isso ocorria, todas as pessoas conectadas a ela precisava ser transferidas para unidades próximas. Porém, isso ocorreu 2 vezes desde o início da operação desses equipamentos.

Em alguns anos toda a IMERSÃO havia sido descentralizada. Agora pequenos centros operavam e várias unidades M.A.I.A. eram responsáveis por toda a comunicação e transmissão de informações.

O que ninguém esperava é que uma M.A.I.A. pudesse operar sozinha, sem o consentimento dos usuários conectados a ela e muito menos das demais unidades.

A Adjutant Starcraft também foi inspiração para o conceito. | Fonte: Blizzard

A Origem

Esse texto foi escrito originalmente em 1999, mesmo ano em que estreava The Matrix nos cinemas. A internet ainda não era nem metade do que temos hoje e muitas especulações e teorias da conspiração surgiam com a chegada do ano 2000 e o temido “bug do milênio”.

Influenciado pelos fatos acima mencionados, nessa época, eu tive a ideia de escrever meu próprio cenário de conspiração onde as máquinas se rebelavam contra os humanos. Porém, ao invés de escravizar a raça humana como acontece em Matrix, haveria uma rebelião, algo mais ao estilo Exterminador do Futuro.

O filme de James Cameron foi outra inspiração, justamente por não mostrar com detalhes como era o futuro apocalíptico da humanidade. Sempre imaginei como seria jogar uma aventura durante a revolução ou logo após a tomada das máquinas.

Então tive a ideia de misturar um pouco os dois cenários, começando pelas máquinas que seriam os vilões do meu cenário, as unidades M.A.I.A. Talvez eu volte a visitar esse cenário de desenvolva mais conteúdo para ela, mas por enquanto é isso.

Espero que vocês possam aproveitar o conceito (apesar de ser clichê), em suas aventuras, campanhas ou cenários próprios.

Abraço e até a próxima!

 

Marcelo JK “Zamboman”

Jogador e Mestre de RPG desde a época em que os dinossauros caminhavam pela Terra. Fã de ficção científica, mestre de Star Wars Saga e mestre em tirar aventuras improvisadas da cartola.