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5 autoras de fantasia para inspirar seu RPG

Se você é fã de RPG e procura inspiração na literatura, não deixe de conhecer essas 5 autoras de best-sellers.


Por: Ghost | 09/03/2020

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Coleção Tormenta RPG

Salve, salve, aventureiro!

Hoje, em mais uma de nossas listas, apresentamos 5 autoras de fantasia que valem muito a pena ser lidas e conhecidas (sem nenhuma ordem em especial).

Karen Soarele

A mais jovem desta lista, Karen é uma figura recente no cenário de RPG atual, onde é conhecida pelos romances oficiais da linha Tormenta.

Sua estréia na literatura foi com As Crônicas da Myríade, que conta com 4 livros. O primeiro livro da série chama-se Línguas de Fogo, seguido por Tempestade de Areia. Deles, saíram 2 spin-offs, A Rainha da Primavera e A Canção das Estrelas. Confira as sinopses abaixo:

Línguas de Fogo
Aisling é uma jovem camponesa que vive numa área remota de Vulcannus, o reino mais poderoso de Myríade. Entretanto, um acontecimento vem para mudar completamente sua vida: seu melhor amigo, Dharon, é ferido em batalha enquanto tentava protegê-la, e a única chance que ela tem de salvá-lo é deixar para trás tudo o que conhece e atravessar a fronteira até o território inimigo, onde pode encontrar o antídoto para o veneno que o consome. Em sua jornada, Aisling se defrontará com diversos perigos, descobrirá que toda história possui mais de um ponto de vista e aprenderá que nas amizades verdadeiras está a força para seguir pelo caminho correto. Até aonde você iria para ajudar um amigo? Línguas de Fogo é uma história de desafios, amadurecimento, e, sobretudo, amizade.

Tempestade de Areia
O passado é imutável, mas o futuro depende de nossas escolhas.

Ao pensar que sua jornada chegaria ao fim, Aisling descobre que aquele era apenas o início. Munidos da localização da Fortaleza da Resistência, o exército de Vulcannus avança, ameaçando o sonho de uma Hynneldor livre. Nessa sequência de Línguas de Fogo, Aisling deverá escolher entre voltar para casa com Dharon ou entregar uma importante mensagem à capital de Datillion. Enquanto isso, seus amigos enfrentam antigas lembranças e buscam, uns nos outros, forças para seguir em frente. Muitos perigos e aventuras os aguardam nessa jornada, que levará o leitor a territórios inexplorados do mundo mágico de Myríade.

A Rainha da Primavera
Quando os estandartes inimigos se aproximam, apenas a magia do escolhido é poderosa o suficiente para proteger o reino de Hynneldor. Contudo, a princesa herdeira desapareceu há muitos anos, e aqueles que ousaram procurá-la jamais retornaram. Mas a esperança é uma arma poderosa, e a descoberta de uma jovem na misteriosa Ilha de Ashteria pode mudar o destino de todos.

A Canção das Estrelas
Imerso em segredos, um misterioso livro guarda histórias sobre o passado e o futuro de Myríade, cifradas em códigos que permeiam a linguagem do universo. Para olhares desatentos, são meros contos. Mas Sebastian sabe que há uma mensagem oculta por magia, impossível de ser lembrada, e acredita na importância de compreender seu verdadeiro significado. Tudo muda quando o precioso manuscrito é roubado. Agora, o jovem precisará reunir coragem, aceitar seus erros e pôr à prova tudo o que mais ama, para recuperar seu livro e desvendar a Canção das Estrelas.

Karen já havia participado também da linha Tormenta. Ela escreveu o conto A Última Noite em Lenórienn, presente na Antologia de Contos de Tormenta Vol. 2. Essa foi sua porta de entrada para esse fantástico cenário, que depois recebeu outros 2 livros, A Jóia da Alma e A Deusa do Labirinto.

A Jóia da Alma

O primeiro romance da nova geração de Tormenta. | Fonte: Karen Soarele

A Jóia da Alma
Nada pode apagar o passado.

Um aventureiro veterano, Christian está prestes a completar uma última jornada, que lhe permitirá se aposentar em paz. Mas tudo dá errado quando o passado volta para assombrá-lo.

Agora, Christian e seus companheiros, um mago aberrante e uma menina selvagem, terão de cruzar o Reinado de Arton em busca de um poderoso artefato. Mas eles não são os únicos nessa jornada: Verônica e seu grupo se mostram rivais à altura e parecem estar sempre um passo à frente.

Chegou o momento de revirar o passado e abrir antigas feridas. Afinal, fugir de si mesmo é negar os próprios deuses. Não que Christian ligue para isso.

A Deusa do Labirinto
No oeste do mundo conhecido, o Império de Tauron se ergue supremo.
Em uma terra onde os fortes oprimem os fracos com a justificativa de protegê-los, elfas e humanas são mantidas escravas nos haréns dos minotauros. Assim determina a lei do império, concebida conforme a lei divina do Touro em Chamas.

Ninguém se opõe. Nem os senhores, satisfeitos com o poder acumulado, nem os servos, doutrinados a obedecer. Os outros reinos, temerosos das legiões táuricas, se acovardam. Os deuses, indolentes, apenas assistem à miséria dos mortais. Todos fecham os olhos para a perversidade da escravidão.

Chegou a hora de fazer algo a respeito.

Margaret Weis

Autora de fantasia medieval em um tempo no qual o gênero andava meio fora de moda, Margaret escreveu a clássica trilogia das Crônicas de Dragonlance:

Em sua primeira edição brasileira, pela Devir, os livros tiveram alguns problemas de tradução, mas a editora Jambô está preparando uma tradução 100% nova, sendo que o primeiro e segundo volume já foram lançados.

Hoje pode parecer bastante clichê, mas na época a trilogia de Dragonlance foi algo muito digno de nota. Um grupo de aventureiros em sério conflito, com direito a um mago “maligno” entre eles, além de outras figurinhas interessantes (Tasslehoff, o kender, é um dos meus preferidos).

Crônicas de Dragonlance

A trilogia que embalou muitos jogadores e jogadores de RPG. | Fonte: Pinterest

Dragões do Crepúsculo de Outono
Quando antigos companheiros se reúnem na Hospedaria do Lar Derradeiro, encontram uma jovem portando um cajado de cristal e uma mensagem assombrosa: os deuses voltaram.

Séculos antes, revoltados com a arrogância da humanidade, os deuses lançaram um cataclisma sobre o Império de Istar e se afastaram do mundo. Agora, estão de volta. Mas, no rastro disso, o mal se espalha por Krynn. Estranhas criaturas draconianas espreitam nas sombras, enquanto cavaleiros juram aliança a Takhisis, a Deusa das Trevas, e se preparam para a guerra.

Os companheiros começam sua jornada épica pelo continente de Ansalon. Eles devem proteger Lua Dourada e seu cajado, espalhando sua mensagem de esperança. E devem encontrar a lendária arma que pode vencer a batalha contra o terror de Takhisis. A Lança do Dragão.

Dragões das Noites de Inverno
Os servos de Takhisis, a Rainha dos Dragões, voltaram ao mundo.

Frente a esta ameaça, os povos de todos os reinos se preparam para lutar por seus lares, por sua liberdade e por suas vidas. Mas as raças estão há muito tempo divididas por ódio e preconceito. Conflitos entre cavaleiros humanos e guardiões elfos surgem por todos os lados e a batalha parece estar perdida antes mesmo de começar.

Os companheiros estão separados pela guerra. Uma estação inteira irá passar antes de eles se encontrarem novamente — se conseguirem. À medida que a escuridão se aprofunda, um cavaleiro em desgraça, uma donzela élfica mimada e um kender inconsequente se veem sozinhos sob a pálida luz do sol invernal.

São poucos. São fracos. São tudo que resta entre os povos dos reinos e a Rainha dos Dragões.

Ainda não temos previsão para o lançamento, da nova versão, do último livro da trilogia.

Mary Shelley

Frankenstein é um romance obrigatório para qualquer fã de literatura fantástica ou de ficção científica. Em minha opinião o livro flerta muito mais com a ficção científica (gênero que nem existia na época) do que com o gênero fantasia e muitos outros críticos e autores literários enquadram ele como uma obra de terror/horror.

O livro teve origem em 1816 e surgiu de forma um tanto curiosa. Mary, na época com 19 anos e ainda solteira, passava o verão na Itália junto com o seu futuro esposo, Percy Shelley. Ambos estavam hospedados na casa do amigo e escritor Lord Byron. As chuvas incessantes fizeram com eles ficassem vários dias sem poder sair de casa. Para quebrar o tédio, Lord Byron propôs que fizessem um concurso de histórias fantasmagóricas e o que deveria ser um história curta, acabou virando um dos maiores clássicos da literatura.

O monstro de Frankenstein

O ator Boris Karloff eternizou o Frankenstein que o mundo conhece. | Fonte: Pinterest

A inspiração veio das conversas sobre as experiências do filósofo natural e poeta Erasmus Darwin do século XVIII. Ele afirmava ter animado matéria morta através do galvanismo, possibilitando assim o retorno à vida de cadáver ou partes de um corpo. Toda essa conversa acabou influenciando Mary, que teve pesadelos sobre o assunto e transportou seus devaneios para a criação do monstro de Frankenstein.

A primeira publicação do romance foi feita de forma anônima e somente em sua segunda edição, em 1818, Marry Shelley assina seu próprio livro, originalmente conhecido como Frankenstein: ou Prometeu Moderno.

Victoria Aveyard

Talvez a menos conhecida desta lista (ao menos no Brasil), Victoria ganhou fama com o romance A Rainha Vermelha, que teve como sequências diretas A Espada de Vidro, A Prisão do Rei e Tempestade de Guerra.

No universo imaginado pela autora, a sociedade é dividida em um sistema de castas, onde existem dois grupos. As pessoas que nascem com sangue prateado, conhecidos como elite, e os que nascem com sangue vermelho, os plebeus. Membros da elite possuem poderes sobrenaturais e gozam de vários privilégios.

A história gira em torno da protagonista Mare Barrow, de sangue vermelho, que aos poucos descobre que tem mais em comum com a elite prateada do que ela poderia imaginar.

Série a Rainha Vermelha

Nunca julgue um livro pela capa. | Fonte: Divulgação

A série já conta com tradução para 41 idiomas e o número continua subindo a cada ano. Há planos de adaptar a história para o cinema, sob a direção de Elizabeth Banks, mas ainda muito incipientes.

A Rainha Vermelha
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe – e Mare contra seu próprio coração.

Espada de Vidro
No segundo volume da série A Rainha Vermelha, a rebelião do povo de sangue vermelho contra a poderosa elite de sangue prateado continua a se fortalecer. Mare Barrow, a principal arma dos rebeldes, agora tenta encontrar outros sanguenovos como ela: pessoas de sangue vermelho, mas com poderes extraordinários.

O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.

Quando finalmente consegue escapar do palácio, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

A Prisão do Rei
Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira.

Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.

Tempestade de Guerra
Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.

Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.

Marion Zimmer Bradley

Aqui temos um verdadeiro clássico!

A lista de obras de Marion Zimmer Bradley é imensa, mas certamente a que mais merece destaque é a quadrilogia As Brumas de Avalon, que narra a lenda do Rei Arthur, mas do ponto de vista das mulheres da história, principalmente a Guinevere e Morgana. A história percorre mais de 70 anos, iniciando-se com Morgana ainda na infância, e segue até uma idade já bem avançada desta personagem.

A série e composta pelos seguintes livros:

  • A Senhora da Magia;
  • A Grande Rainha;
  • O Gamo-Rei;
  • O Prisioneiro da Árvore.
As Brumas de Ávalon

A famosa lenda do Rei Arthur e sua Excalibur estão aqui. | Fonte: Pinterest

A série permaneceu durante três meses na lista dos best-sellers do New York Times. Lançado pela primeira vez em 1983, com uma narrativa concisa e forte inspiração na cultura histórica celta, bretã e saxã, As Brumas de Avalon não deveria ser negligenciado por nenhum jogador de RPG, e muito menos por autores de fantasia medieval em potencial.

As Brumas de Avalon
Por séculos, as lendas arturianas povoaram o imaginário de leitores de todo o mundo. As Brumas de Avalon é considerado por muitos a versão literária definitiva do mito, e gerações e gerações de mulheres se deixaram arrebatar pela escrita envolvente de Marion Zimmer Bradley. Pelos olhos de mulheres complexas e poderosas como Morgana das Fadas, Viviane, a Senhora do Lago, Igraine, Morgause e Gwenhwyfar, os reinos de Camelot e de Avalon são revisitados neste clássico, repleto de magia, sensibilidade e intrigas.

Por hoje é só, aventureiros! E na opinião de vocês, qual autora foi injustiçada na nossa lista? Quem deveria obrigatoriamente figurar aqui?

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Henrik “Ghost” Chaves

Henrik “Ghost” Chaves é fã de D&D (mas acha que a edição 3.5 foi a melhor de todas) e de tudo relacionado aos Mitos de Cthulhu. Música (rock), literatura (fantástica), cinema (pipoca) e boardgames (modernos) estão entre seus outros hobbies.