Averum, seu cenário de RPG medieval pós-apocalíptico
Jogue em um cenário pós-apocalíptico medieval e seja o novo campeão de Averum.
Por: Mantsor | 23/11/2016
Imagine um mundo pós-apocalíptico – você pode ter imaginado um futuro tecnológico distópico e decadente, resultante de um holocausto nuclear ou de uma devastadora epidemia – mas neste mundo não há tecnologia…
Agora pense em um mundo fantástico, onde grandes guerreiros se tornam heróis e poderosos magos são temidos – você pode ter imaginado vastos reinos esplendorosos, onde os grandes heróis lutam contra dragões, com as bênçãos de poderosas divindades – este mundo porém foi abandonado pelos deuses e os heróis são apenas lendas distantes, a magia corrompe os poucos que se atrevem a evocá-la e os grandes reinos foram esquecidos nas areias do tempo.
Averum é um mundo fantástico decadente, corrompido e exaurido misticamente. Onde antes existiam vastos e poderosos impérios, hoje só existem ruínas. Os poucos resquícios de civilização que ainda existem são formados por pequenas vilas e cidades, separadas por vastos ermos, que lutam por sua sobrevivência e mantém um tímido comércio entre si. Criaturas que parecem feitas de pura sombra e bestas tocadas por uma espécie de mácula demoníaca perambulam pelas regiões mais distantes, emboscando viajantes incautos. A própria natureza se tornou ameaçadora em muitos lugares. Florestas verdejantes se tornaram lugares sombrios e decrépitos, infestados de fungos, vermes e outras abominações indescritíveis. Alguns rios simplesmente secaram enquanto outros se tornaram venenosos. Muitas planícies viraram desertos ou pântanos. Essas mudanças tornaram ainda mais difícil as viagens, pois muitos caminhos podem não ser mais o que já foram um dia.
O conhecimento é extremamente fragmentado, pois livros são artigos raros e a maior parte das histórias é transmitida oralmente. As grandes metrópoles, que eram centros de conhecimento e possuíam vastas bibliotecas, hoje são apenas escombros evitados por aqueles que têm um mínimo de bom senso. O poder místico, outrora abundante e manipulado por magos e feiticeiros para criar maravilhas, tornou-se escasso e perigoso. Aqueles que ainda detêm algum conhecimento arcano possuem dificuldade em controlar as forças mágicas, sempre com o risco de produzirem terríveis efeitos colaterais, como dor, envelhecimento, podridão e até mesmo morte. Já a influência divina é tênue e, em alguns casos, inexistente. Nenhuma divindade responde mais aos seus fiéis – templos foram abandonados, rituais foram esquecidos e congregações foram dispersadas. Os poucos acólitos que ainda perseveram em sua fé, sejam devotos das divindades celestiais ou da natureza, depositam suas esperanças em relíquias ou amuletos que lhes permitem um fraco contato com o poder divino.
Mas o que tornou Averum um cenário tão hostil? Dizem as lendas, que todas essas mazelas foram o fruto de uma grande guerra travada entre os chamados “Deuses Antigos”, que não se limitou a esfera celestial, mas foi travada também em campos de batalha no plano material de Averum. Essa guerra teria sido provocada por uma divindade ancestral de enorme poder e maldade, conhecido como Zakanon, que disseminou a intriga e a discórdia entre os outros deuses. As batalhas em Averum teriam sido travadas por poderosos heróis, imbuídos de poderes divinos e liderados pelos Avatares dos Deuses Antigos. Essas lutas persistiram por muitos anos, levando o caos e destruição aos reinos dos humanos, elfos e anões, esgotando a energia mística de Averum, o que culminou com a destruição dos Avatares e a morte dos seus heróis. Esse mundo arruinado, exaurido e abandonado pelos deuses era exatamente o que Zakanon desejava para tomar para si … Porém, poucos acreditam em lendas – o que a maioria acredita é que Averum foi abandonada pelos deuses como um castigo pela cobiça e sede de poder dos antigos governantes.
Caberá a você aventureiro, desvendar os mistérios de Averum, explorar suas ruínas e descobrir se Zakanon é mais do que uma história para assustar crianças…
Robertson “Mantsor” Schitcoski
Robertson “Mantsor” é engenheiro de computação e mora em Brasília. Ingressou no mundo do RPG mestrando todo tipo de cenário em GURPS, que é o seu sistema de estimação. Hoje prefere Chamado de Cthulhu, que já lhe rendeu algumas das melhores experiências com o hobbie.