O Último Templo de Mekthor, uma aventura pronta em Averum
Aventure-se em busca de um artefato lendário e descubra um pouco mais sobre o fantástico mundo de Averum.
Por: Mantsor | 29/03/2019
Nosso cenário Averum ganha mais uma aventura (confira no final do post) e agora um mini-conto introdutório, revelando um pouco mais sobre o conturbado passado do cenário. Não sabe o que Averum? Sem problemas, você pode conferir um pouco mais aqui:
Averum, seu cenário de RPG medieval pós-apocalíptico
Loucura em Abadir – Uma aventura pronta para sua mesa de RPG
Último Templo de Mekthor
As montanhas Arat formam uma extensa cordilheira, que separa os reinos de Sur-Akan (ao sul) e Nir-Akan (ao norte). Embora seus picos estejam permanentemente envoltos em neve, suas encostas costumavam ser cobertas por uma manto verde de vegetação no verão. Mas algo está mudando: os invernos são cada vez mais longos e já praticamente não se vê nenhuma folha verde nas montanhas. Ventos gélidos sopram constantemente do norte, mantendo o topo da cordilheira sempre envolto em nuvens de aspecto ameaçador.
No cume de uma dessas montanhas está localizado um inóspito refúgio, que fora outrora o maior Templo do Império Akanita, uma imponente construção feita de blocos maciços de mármore e granito. Dedicado a Mekthor, o Senhor das Armas, Guardião da Paz e da Justiça, ele já foi a muito tempo atrás o destino de muitos peregrinos de todos os cantos do Império. Sua localização era também estratégica, pois ele se situa praticamente a meio caminho das capitais de Sur-Akan e Nir-Akan, numa estrada que segue de norte a sul, cortando a cordilheira num dos pontos mais acessíveis para os viajantes.
Embora tenha contribuído para a desolação da região, o clima extremo não foi o maior motivo do fim das peregrinações para o templo. Sucessivas guerras que eclodiram por todo o Império acabaram provocando a sua queda, inclusive com a destruição das capitais de seus reinos. Reinos que já foram vastos e esplendorosos hoje são apenas uma sombra do passado, formados por feudos fragmentados sem nenhum poder central. Nessa realidade onde sobreviver é o que importa, o nome de Mekthor passou a ser apenas um apelo para os desesperados.
Numa pequena sala localizada na ala sul do templo, modestamente decorada, porém dotada de uma magnífica vista do vale abaixo, encontramos duas figuras importantes. O alto sacerdote Sarus está contemplando a vista do vale coberto de neve, quando chega um visitante.
– Vossa Eminência mandou me chamar?
– Sim Mordred, se aproxime por favor.
O clérigo gesticula para a paisagem gélida e fala lentamente, como se os anos pesassem sobre cada palavra:
– A Luz de Mekthor está se extinguindo e tempos escuros se aproximam … nós ficamos tempo demais inertes, apenas assistindo a ruína de nossa ordem e a corrupção que se alastra pelas terras ao nosso redor …
– O senhor então acredita que nós fomos responsáveis pelos infortúnios que nos tem atingido? Seria falta de fé ou dedicação à ordem? Eu sinceramente …
Sarus interrompe bruscamente se voltado para o paladino:
– Claro que não! Você, mais do que ninguém aqui é um perfeito exemplo de devoção à Mekthor! E tampouco creio ser culpa dos fiéis. Acredito que algo maior, uma corrupção insidiosa que tem se infiltrado em todos os lugares, trazendo a discórdia e a ruína, que vem lentamente eclipsando a Luz de Mekthor.
O paladino suspira e fala com certa cautela:
– Isso parece com as lendas sobre Zakanon … seria um indício de que ele está crescendo em poder e influência? Fazem alguns anos que não ouvimos falar do Culto da Espiral Negra…
– Não posso afirmar isso ainda, meu caro Mordred, porém tenho uma certeza: não podemos mais ficar parados, assistindo ao fim do legado do Guardião da Justiça. Temos de fazer valer a confiança que foi depositada em nós. Deixe eu lhe mostrar uma coisa …
Sarus se aproxima de um antigo baú, ricamente adornado com símbolos que remetem a alguma língua antiga. Ele o abre cuidadosamente e retira de seu interior uma espada longa, de uma qualidade incrível: apesar de ser obviamente uma relíquia de outras eras, ela brilha como se tivesse sido recentemente forjada. Se destaca também um engaste vazio no seu cabo, que parece destinado a uma gema de grande tamanho.
– Está é Farlond, também conhecida como a Chama Branca – comenta com reverência o velho sacerdote.
– É uma das maiores relíquias de nossa ordem. Uma arma de perfeito equilíbrio, com uma lâmina extremamente resistente, que nunca se desgasta.Dizem que ela já foi empunhada por um dos Campeões da Luz – heróis que supostamente possuíam sangue divino. Na mão de um desses heróis essa arma era ainda mais impressionante, tornando o seu portador praticamente invencível em combate.
Enquanto examina atentamente o artefato, Mordred pergunta:
– Parece-me que ela possuia uma jóia engastada, o que aconteceu? Ela se perdeu?
– A era dos heróis chegou a um fim e então esta arma se tornou um perigoso artefato se caísse em mãos erradas. Nossa ordem foi encarregada de guardá-la e protegê-la separando a gema da espada. Sem a gema, conhecida como O Olho de Farlond, ela não passa de uma arma comum, ainda que de qualidade excepcional. Assim a espada foi guardada aqui e a gema está no Templo de Ankor-Zarum, onde hoje é a Floresta da Brumas.
– Achei que Ankor-Zarum fosse apenas ruínas esquecidas … imagino que esse templo não tenha sobrevivido ao fim da cidade
– De fato, há muito tempo não temos notícias do templo e temo pelo pior, mas …
Sarus entrega de modo quase cerimonial a espada nas mãos de Mordred e continua:
– Agnus Mordred, Paladino de Mekthor, é chegada a hora de restaurarmos a glória de Mekthor! Devemos completar Farlond e procurar um dos descendentes dos Campeões da Luz, que ainda possuem o sangue divino! Só assim conseguiremos enfrentar as trevas que se aproximam!
Você está preparado para descobrir o destino da Chama Branca? Então pegue seus dados, chame seus amigos e embarque na aventura O Último Templo de Mekthor!
Link para Download
Robertson “Mantsor” Schitcoski
Robertson “Mantsor” é engenheiro de computação e mora em Brasília. Ingressou no mundo do RPG mestrando todo tipo de cenário em GURPS, que é o seu sistema de estimação. Hoje prefere Chamado de Cthulhu, que já lhe rendeu algumas das melhores experiências com o hobbie.