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5 filmes de terror com boas ideias para RPG

Procurando inspiração para aventuras ou campanhas de terror? Confira essas 5 dicas de filmes do Ghost.


Por: Ghost | 22/02/2017

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Continuando a nossa série de postagens sobre filmes com ideias para aventuras (na primeira parte apresentamos ideias de filmes sci-fi).

A temática de terror/horror é uma das preferidas dos jogadores (logo após a clássica fantasia medieval, e diria que em um empate técnico com a temática de sci-fi).

O Ghost que vos escreve tem uma relação de amor e ódio com filmes de terror. Certamente é meu gênero preferido do cinema, mas ao mesmo tempo é o gênero com a menor quantidade de filmes de que gosto, simplesmente por que junto com alguns diamantes existem caminhões e caminhões de cascalho. Filmes que não acrescentam nada ao gênero, ou que são cópias mal feitas de coisas que já foram feitas há anos, ou falham em quesitos técnicos (roteiro, direção, etc) ou até mesmo tudo isso junto.

Maaaas, existem os bons filmes. E desses, alguns tem excelentes ideias para aventuras/cenários. A ideia aqui é citar os filmes sem dar grandes spoilers do roteiro. Caso os jogadores já tenham assistido o mestre precisará alterar alguns detalhes chave da história para prosseguir, mas para quem tem um pouco de experiência isso não representa grandes problemas. No caso de filmes mais obscuros, dá para usar a história sem mexer em nada.

Sem mais delongas:

O Chamado (Ring, 2002)

O Chamado (Ring, 2002)

Um clássico do cinema japonês com um excelente remake americano lançado em 2002. Os elementos essenciais para uma boa história estão lá. Um gancho perfeito (os personagens, ou pelo menos os que atenderem ao telefone) simplesmente não tem como fugir da história. O senso de urgência: eles tem apenas sete dias para salvar suas vidas. A investigação: é necessário descobrir a origem da maldição e como quebrá-la. Há possibilidades de chegar à conclusão errada, o que pode custar a vida do grupo todo.

Todos os seus jogadores viram a versão americana? Então assista o original japonês (Ringu, 1998) que tem algumas diferenças bem interessantes no roteiro.

Quando as Luzes se Apagam (Lights Out, 2016)

Quando as Luzes se Apagam (Lights Out, 2016)

Esse é uma pequena pérola. Em 2013 o diretor David Sandberg lançou um curta-metragem chamado “Lights Out”, com apenas 3 minutos de direção (e que você pode assistir aqui). O filme viralizou e ganhou prêmios, utilizando uma premissa bastante original e uma montagem que faz arrepiar os pelos da nuca.

Com esse resultado o inevitável aconteceu: o diretor recebeu financiamento para filmar um longa metragem baseado na mesma ideia. O que era apenas um pano de fundo foi desenvolvido, dando lugar a uma boa história. Novamente, temos uma criatura, uma maldição, e ameaça à vida de uma série de pessoas. Com uns poucos ajustes rende um excelente one-shot.

O Segredo da Cabana (The Cabin in the Woods, 2012)

O Segredo da Cabana (The Cabin in the Woods, 2012)

Outra joia não muito comentada, mas nem por isso deve ser menosprezada. Na verdade, arrisco dizer que é uma das opções mais interessantes dessa lista.

O filme foi dirigido por Drew Goddard (responsável pela produção de “Perdido em Marte” e roteiro de “Guerra Mundial Z”, além de alguns episódios da série do Demolidor, na Netflix).

O que começa parecendo um típico slasher movie com adolescentes descerebrados aos poucos se revela como uma excelente desconstrução do gênero, que se arrisca a mostrar por que todos os filmes desse que é provavelmente o sub-gênero mais popular do cinema de terror são tão parecidos. Por que todos aqueles adolescentes se comportam do mesmo jeito? Por que fazem as mesmas coisas estúpidas? Por que nunca conseguem fugir?

Todas essas perguntas e muitas outras são respondidas com uma fantástica reviravolta. E a melhor parte: aqui a aventura não precisa ser one-shot. O final abre uma excelente base para o início de uma campanha.

REC (REC, 2007)

REC (REC, 2007)

Filme espanhol, também conta com um remake americano (de 2008). Sabem esses programas que passam de madrugada, no melhor estilo “Emergência 911”? Pois então: nesta película vemos a história de uma repórter de um desses programas que, juntamente com seu fiel cinegrafista, tem a missão de acompanhar uma noite típica de um quartel de bombeiros. Parece que tudo vai ser tranquilo e pura diversão, afinal os bombeiros são super simpáticos e a noite promete ser tranquila.

Claro que a coisa não continua assim por muito tempo. Um chamado para atender uma ocorrência em um prédio, a percepção de que a chamada é para algo muito mais grave que  o esperado e, para completar, a polícia e o CDC (Centro de Controle de Doenças) lacram o prédio. E tem início uma noite do mais puro pesadelo. A quebra de ritmo aqui é o recurso que pode colocar os jogadores na ponta da cadeira por toda a sessão de jogo.

O Nevoeiro (The Mist, 2007)

O Nevoeiro (The Mist, 2007)

Ok, aqui podemos estar roubando um pouco, afinal, o filme é baseado em um conto de mesmo nome de Stephen King.

Muita coisa aqui pode ser aproveitada: o plot central é muito versátil (um nevoeiro misterioso cobre a cidade toda. Aliás, será que só a cidade?). Criaturas estranhas vem junto com o nevoeiro, mas você não consegue vê-las com clareza (apenas o suficiente para mostrar que elas estão lá, e são perigosas). O filme dá algumas dicas da origem do nevoeiro misterioso, mas os detalhes ficam por sua conta. Um clima um tanto quando lovecraftiano garante uma sessão memorável.

Bônus: Slasher Movies

Bônus: Slasher Movies

Como já dissemos acima esse é provavelmente o sub-gênero de terror mais explorado da história do cinema. Já foram produzidos nada menos que:

12 “Sexta-feira 13” (incluindo “Freddy VS Jason”),

10 “Halloween”,

8 “A Hora do Pesadelo”

e incontáveis outros filmes com franquias mais curtas.

Parece bobagem, mas é uma excelente ideia de aventura rápida para uma tarde chuvosa. Diga para os jogadores criarem personagens adolescentes (mais fracos que o normal do sistema), os coloque uma viagem ao lago (mais clássico impossível), crie rapidamente um assassino serial implacável (nem precisa se preocupar muito com números, basta saber que ele será bem difícil de derrubar, e tem “teletransporte” – já repararam como o Jason SEMPRE aparece na frente das vítimas, mesmo ele sendo ridiculamente lerdo quando está em cena?). Espalhe umas armas improvisadas pelo local (facões, ancinhos, tacos, remos… pode até ter uma espingarda escondida). Voilá! Umas das sessões mais divertidas que já mestrei seguiu exatamente esse conceito.

Por hoje é só! E você? Que flimes de terror acha que podem gerar boas ideias para jogos de RPG e faltaram nessa lista? Comente aí embaixo!

Henrik “Ghost” Chaves

Henrik “Ghost” Chaves é fã de D&D (mas acha que a edição 3.5 foi a melhor de todas) e de tudo relacionado aos Mitos de Cthulhu. Música (rock), literatura (fantástica), cinema (pipoca) e boardgames (modernos) estão entre seus outros hobbies.