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5 Escritores de Horror e suas principais obras

Separamos uma lista com os 5 maiores autores da literatura de Terror para inspirar suas sessões.


Por: Ghost | 31/10/2018

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Olá, pessoal!

Mais um post dos nossos aclamadíssimos Top 5, dessa vez sobre escritores do gênero de horror/terror e suas obras principais. Sem mais delongas, vamos aos nomes (em nenhuma ordem em particular):

Clive Barker

Clive Barker

Clive Barker, criador dos famosos Cenobitas de Hellraiser | Fonte: Hollywood Reporter

Um caso curioso nessa lista, as obras de Clive Barker são, muito provavelmente, mais conhecidas que as de vários outros nomes citados aqui. O próprio Clive, entretanto, muitas vezes não é lembrado. Isso ocorre por que as referências ao autor feitas nas adaptações cinematográficas (nas quais ele normalmente participa como roteirista e/ou produtor) normalmente não carregam seu nome no material de divulgação. Provavelmente a adaptação mais conhecida é “Hellraiser – Renascido do Inferno“.

O seu sucesso como escritor de terror começou com uma série de livros de contos, os “Livros de Sangue” (num total de 6 volumes), que foram lançados no Brasil mas infelizmente se encontram fora de catálogo. Nesses contos fica bem claro seu estilo, uma mescla de terror com fantasia contemporânea, onde pessoas comuns se deparam com situações aterrorizantes ou misteriosas.

Outra curiosidade é que ele não só prestou consultoria criativa mas também emprestou seu nome para alguns jogos de videogame, dentre os quais se destacaram “Clive Barker’s Undying” e  “Clive Barker’s Jericho”.

Obras Imperdíveis:

Hellraiser – Renascido do Inferno
Hellraiser – Renascido do Inferno apresentou ao público os demoníacos Cenobitas, personagens criados por Clive Barker que hoje figuram no seleto grupo de vilões ícones da cultura pop como Jason, Leatherface ou Darth Vader. Toda a perversidade desses torturadores eternos está presente em detalhes que estimulam a imaginação dos leitores e superam, de longe, o horror do cinema. Clive Barker escreveu o romance Hellraiser – Renascido do Inferno (The Hellbound Heart, no original) já com a intenção de adaptá-lo ao cinema. O cultuado filme de 1987 seria sua estreia na direção, e ele usou o livro para mostrar todo seu talento como contador de histórias a possíveis financiadores. Nas palavras do próprio Barker: “A única maneira foi escrever o romance com a intenção específica de filmá-lo. Foi a primeira e única vez que fiz assim, e deu resultado”. De leitura rápida e devastadora, Hellraiser – Renascido do Inferno conta a história de um homem obcecado por prazeres pouco convencionais que é tragado para o inferno.

Evangelho de Sangue
Pinhead está de volta. Por aproximadamente trinta anos o Sacerdote do Inferno – conhecido por todos nós pela sugestiva alcunha de Pinhead – tem sido um dos mais ilustres e famosos personagens do universo do terror de todos os tempos. O aclamado escritor Clive Barker, seu criador, apresenta agora o capítulo final desta saga, que teve início com Hellraiser – Renascido do Inferno. Você vai entender tudo sobre o universo dos Cenobitas. Evangelho de Sangue reconduz os leitores ao tempo marcado por dois de seus mais icônicos personagens – Harry D’Amour e Pinhead –, que conduzem a história em uma batalha entre o bem e o mal tão antiga quanto o tempo, onde o autor conecta a mitologia de Hellraiser ao Inferno bíblico.

 

Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe

Estátua em homenagem a Edgar Allan Poe, situada em Boston. | Fonte: Americaninno.

Provavelmente o mais clássico de todos os autores de horror. Mesmo que você nunca o tenha lido, ele muito provavelmente é uma referência para os autores que escreveram as histórias que você curte. Com um estilo típico do século XIX, e bebendo da estética romântica, Allan Poe escreveu dezenas de contos e poesias. Sua obra mais conhecida é, sem nenhuma sombra de dúvida, “O Corvo” (The Raven), um clássico da literatura e da cultura pop incansavelmente traduzido, adaptado e referenciado em diversas mídias.

Obras Imperdíveis

Allan Poe nunca escreveu romances (exceto por “A Narrativa de Arthur Gordon Pym”), mas as coletâneas de seus contos podem ser encontradas em diversas edições aqui em terra brasilis.

Edgar Allan Poe – Medo Clássico (Volume 1)
Pela primeira vez, os contos de Poe estão divididos por temas que ajudam a visualizar a grandeza de sua obra: a morte, narradores homicidas, mulheres etéreas, aventuras, além das histórias completas do detetive Auguste Dupin, personagem que inspirou Sherlock Holmes. Edgar Allan Poe: Medo Clássico apresenta ainda o poema “O Corvo” na sua versão original em inglês e nas traduções para o português de Machado Assis e de Fernando Pessoa, além do clássico ensaio sobre o poema, “A filosofia da composição”. O livro traz ainda o prefácio do poeta francês Charles Baudelaire, admirador do autor e seu primeiro tradutor na França.

Edgar Allan Poe – Medo Clássico (Volume 2)
No primeiro volume começamos a conhecer a fantástica casa de espelhos de Poe: suas máscaras e segredos, seu ímpeto aventureiro, suas mulheres etéreas e, é claro, seu corvo imortal. Agora, exploraremos seus devaneios sobre a finitude humana, o desamparo da perda e a solidão do nunca mais. Você está pronto para longas madrugadas de leitura? Reunindo contos, poemas e cartas que trazem à tona um lado ainda mais sombrio do genial escritor, Edgar Allan Poe: Medo Clássico — Volume 2 mostra toda a força das palavras do mestre em doze obras-primas de ficção, como “William Wilson”, “O Homem da Multidão”, “O Demônio da Perversidade”, “Uma Descida ao Maelström”, “A Verdade Sobre o Caso do sr. Valdemar” e “Lenore”. Um capítulo extra apresenta cartas pessoais do autor.

 

Stephen King

Stephen King

Considerado por muitos como o pai do terror moderno. | Fonte: Pinterest.

Outro nome que jamais poderia faltar nesta lista. Considerado por muitos como o mestre moderno do horror, Stephen King escreve em uma quantidade e velocidade quase inacreditáveis. Publicou mais de 50 romances em sua carreira (que começou em 1974, com “Carrie, A Estranha“, e segue de vento em popa), fora os contos e os romances publicados sob o pseudônimo de Richard Bachman.

Uma característica interessante de Stephen King é que quase todas as suas obras compartilham o mesmo mundo, ou seja, é comum encontrar referências sutis a um livro em outro (nada que atrapalhe a leitura. São easter eggs que recompensam leitores fiéis)

Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema, com diferentes graus de qualidade. Algumas das adaptações mais conhecidas são “Cemitério Maldito” e “It – a Coisa” (que ganhou um remake recente, cuja parte 2 está sendo produzida)

Obras Imperdíveis

It – A Coisa
Durante as férias de 1958, em uma pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança… e do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permaneceu em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Neste clássico de Stephen King, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.

O Cemitério
Louis Creed, um jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar em uma pequena cidade do Maine. A boa casa, o trabalho na universidade e a felicidade da esposa e dos filhos lhe trazem a certeza de que fez a melhor escolha. Num dos primeiros passeios pela região, conhecem um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Mas, para além dos pequenos túmulos, há um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras. Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis Creed se diverte com as histórias fantasmagóricas do vizinho Crandall. No entanto, quando o gato de sua filha Eillen morre atropelado e, subitamente, retorna à vida, ele percebe que há coisas que nem mesmo a sua ciência pode explicar. Que mistérios esconde o cemitério dos bichos? Terá o homem o direito de interferir no mundo dos mortos? Em busca das respostas, Louis Creed é levado por uma trama sobrenatural em que o limite entre a vida e a morte é inexistente. E, quando descobre a verdade, percebe que ela é muito pior que seus mais terríveis pesadelos. Pior que a própria morte – e infinitamente mais poderosa.

A Dança da Morte
Após um erro de computação no Departamento de Defesa, um vírus é liberado, e um milhão de contatos casuais formam uma cadeia de morte: é assim que o mundo acaba. O que surge em seu lugar é um ambiente árido, sem instituições e esvaziado de 99% da população. É um lugar onde sobreviventes em pânico escolhem seus lados – ou são escolhidos. Os bons se apoiam nos ombros frágeis de Mãe Abigail, com seus cento e oito anos de idade, enquanto todo o mal é incorporado por um indivíduo de poderes indizíveis: Randall Flagg, o homem escuro. Neste livro, King cria uma história épica sobre o fim da civilização e a eterna batalha entre o bem e o mal. Com sua complexidade moral, ritmo eletrizante e incrível variedade de personagens, A dança da morte merece um lugar entre os clássicos da literatura contemporânea.

 

Anne Rice

Anne Rice

A criadora do mito do vampiro moderno que inspirou Vampiro: A Máscara. | Fonte: Gettyimages

A mestre das histórias modernas de vampiros. Anne Rice remodelou o mito clássico e mudou a forma como várias gerações o enxergam. Acrescentando diversas camadas de drama aos mortos-vivos, personagens como Louis e Lestat agora fazem parte do imaginário da cultura pop. Os livros das Crônicas Vampirescas também foram a principal inspiração para o RPG “Vampiro: A Máscara”, que provavelmente foi a maior revolução pela qual o hobby passou desde a criação de Dungeons & Dragons.

Diversas obras de Anne Rice foram adaptadas para o cinema (como é comum nesta lista), mas nenhuma teve o mesmo impacto de “Entrevista com o Vampiro”.

Obras Imperdíveis

Entrevista com Vampiros
Uma história que começa com a ousadia de um jovem repórter ao entrevistar Louis de Pointe du Lac nascido em 1766 e transformado em vampiro pelo próprio Lestat figura apaixonante que terminará ao longo da série arrebatando multidões como cantor de rock.´— Quer dizer que ele sugou o seu sangue? – perguntou o rapaz.— Sim o vampiro sorriu. É assim que se faz.´Louis esse vampiro que se recusa a livrar-se das características humanas e aceitar a crueldade e a frieza que marcam os vampiros continua a contar a história desde o início:´— Escute mantenha os olhos abertos – murmurou Lestat com os lábios encostados em meu pescoço.— Lembro-me que o movimento de seus lábios arrepiou todos os cabelos de meu corpo enviando uma corrente de sensações através de meu corpo que não me pareceu muito diferente do prazer da paixão…

O Príncipe Lestat
Príncipe Lestat traz de volta o mundo belo e assustador das Crônicas Vampirescas e personagens que se tornaram eternos na imaginação e no coração dos leitores, entre eles Louis de Pointe du Lac e o eternamente jovem Armand, além de novas e sedutoras criaturas sobrenaturais. Pairando sobre todos, o desaparecido herói-andarilho, o perigoso e rebelde fora da lei – a esperança dos Mortos-Vivos – Príncipe Lestat. O mundo dos vampiros está em crise; por todo o globo, eles têm sido queimados, e grandes massacres ocorrem, ordenados por uma voz misteriosa. Cabe a Lestat e seu séquito de bebedores de sangue desvendar os segredos sobre o que essa voz quer, e por quê, nesta trama ambiciosa, devastadora e luxuriante.

 

H.P. Lovecraft

H.P. Lovecraft

O homem por trás dos mitos. | Fonte: Revista Galileu

Lovecraft jamais foi reconhecido em vida, e mesmo após sua morte, durante muitos e muitos anos sua obra foi bastante underground, sendo inclusive difícil de encontrar no idioma de Camões. Mais ou menos a partir do anos 90 sua popularidade começou a crescer mais (em parte por causa do RPG “O Chamado de Cthulhu“). Quem acompanha a Universo RPG certamente já ouviu falar bastante do cavalheiro de Providence.

Dono de um estilo bem diferente de outros nomes desta lista, Lovecraft inaugurou o gênero de “horror cósmico”, no qual criaturas de imenso e terrível poder “hibernam” e espreitam nos confins do universo (algumas no próprio planeta Terra), e seu despertar significará o fim da humanidade como conhecemos. Criaturas tão alienígenas que a simples visão de uma delas pode deixar um ser humano irremediavelmente louco, e tão poderosas que para elas a humanidade é tão insignificante quanto uma colônia de formigas é para nós.

Ao contrários dos outros citados nesta lista, Lovecraft jamais foi devidamente homenageado nos cinemas. Guillermo Del Toro chegou a iniciar a produção de uma adaptação de “Nas Montanhas da Loucura”, um dos mais clássicos contos de Lovecraft, mas desistiu ainda na fase inicial (em uma história um pouco longa demais e fora de contexto para contar nesse post).

Lovecraft, assim como Poe, não escreveu romances, mas seus contos foram publicados em diversas coletâneas dos anos 90 para cá.

Obras Imperdíveis

Lovecraft – Medo Clássico
Essa bela coleção conta com notas comentadas de Ramon Mapa, grande estudioso da obra, dialogando com as ilustrações de Walter Pax, que parecem ter saído do próprio Necronomicon. A obra também conta com uma seleção de cartas e documentos coletados pelo historiador Clemente Penna na Brown University especialmente para esta edição.

Os Melhores Contos de H.P. Lovecraft
Os melhores contos de H.P. Lovecraft reúne, pela primeira vez em português, todos os maiores clássicos do grande mestre da literatura de horror em um volume – incluindo “O chamado de Cthulhu”, “Nas montanhas da loucura”, “A cor que caiu do espaço”, “A sombra de Innsmouth” , “Um sussurro nas trevas”, “A sombra vinda do tempo”, O horror de Dunwich” e “O caso de Charles Dexter Ward”, entre outras obras-primas do gênero. Criador do mais que famoso Cthulhu e de toda uma mitologia, de uma verdadeira cosmologia, de um “universo paralelo” cuja originalidade e poder imaginativo seduzem sucessivas gerações de leitores em todo o mundo, e se expandem irresistivelmente pela cultura contemporânea, a começar da cultura pop, Lovecraft é, também, o inventor de uma “atmosfera lovecraftiana” em que o horror reside na impossibilidade de sua apreensão… Como diz Stephen King, “Fui tragado pelo terror desolado e insidioso de ‘A cor que caiu do espaço'”. Agora, o leitor pode ser “tragado” por todos os seus melhores contos concentrados em suas mãos.

 

Rodada bônus: Bram Stoker e Mary Shelley

Ok. Era para ser um top 5. Só que simplesmente não dava para deixar esses nomes de fora.

Drácula, o grande romance de Bram Stoker, definiu o mito clássico do Vampiro (Anne Rice deu uma bela repaginada, mas bebeu forte dessa fonte).

Bram Stoker

Podemos dizer que esse cara é o pai do Drácula. | Fonte: Stairnaheireann.net

Drácula
A obra atemporal de Bram Stoker narra, por meio de fragmentos de cartas, diários e notícias de jornal, a história de humanos lutando para sobreviver às investidas do vampiro Drácula. O grupo formado por Jonathan Harker, Mina Harker, dr. Van Helsing e dr. Seward tenta impedir que a vil criatura se alimente de sangue humano na Londres da época vitoriana, no final do século XIX. Um clássico absoluto do terror, Bram Stoker define em Drácula a forma como nós entendemos e pensamos os vampiros atualmente. Mais que isso, ele traz esse monstro para o centro do palco da cultura pop do nosso século e eterniza o vilão de modos refinados e comportamento sanguinário.

Mary Shelley

Sim, ela só tem retratos em pintura ao melhor estilo Mona Lisa. | Fonte: Estante Virtual

Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, é uma belíssima mistura de horror com ficção científica, trabalhando o medo da humanidade de ser, de alguma forma, “superada” por algumas de suas criações.

Frankenstein
Duzentos anos após sua criação, Frankenstein continua vivo – e mais atual do que nunca. Conheça a história original, com toda a sensibilidade e o terror que o cinema nunca conseguiu mostrar. Um cientista obcecado que desafia as leis da natureza e põe em risco a vida daqueles que ama. Uma criatura quase humana que deseja ser um de nós, mas só encontra medo, ódio e morte pelo caminho. A obra-prima de Mary Shelley que deu origem ao terror moderno.

Tanto Stoker quanto Shelley escreveram outras obras, mas todas à sombra destes clássicos que merecem ser lidos por todos os fãs da boa literatura de horror.

E você, possui uma lista diferente com o seu Top 5 escritores de terror? Compartilhe com a gente.

Henrik “Ghost” Chaves

Henrik “Ghost” Chaves é fã de D&D (mas acha que a edição 3.5 foi a melhor de todas) e de tudo relacionado aos Mitos de Cthulhu. Música (rock), literatura (fantástica), cinema (pipoca) e boardgames (modernos) estão entre seus outros hobbies.